Formatos Adobe de fontes

A Adobe especificou uma série de formatos para que arquivos representem fontes em

arquivos PostScript; esta questão não pretende ser enciclopédica e, portanto, discute apenas os dois formatos mais comumente encontrados no contexto (La)TeX, os tipos 1 e 3. Em particular, não discutimos o formato OpenType, cujas vantagens estão se tornando acessíveis à maioria dos usuários de (La)TeX (por meio do amplamente utilizado XeTeX e o mais experimental LuaTeX).

O formato Adobe Tipo 1 especifica um meio para representar contornos dos glifos em uma fonte. A ‘linguagem’ usada é rigorosamente restrita, para garantir que a fonte seja processada o mais rápido possível. (Ou melhor, o mais rápido possível com a tecnologia da Adobe no momento em que a especificação foi escrita: a estrutura poderia ser diferente se fosse especificada agora.) O formato tem há muito sido a base do negócio de fundição digital de tipos, embora hoje em dia a maioria das fontes novas sejam lançadas no formato OpenType.

No contexto do (La)TeX, as fontes Tipo 1 são extremamente importantes. Além de sua simples disponibilidade (há milhares de fontes comerciais de texto Tipo 1 por aí), o leitor mais comum de arquivos PDF tem há muito insistido (efetivamente) no uso das mesmas (veja abaixo).

Fontes Tipo 3 têm uma especificação mais complacente. É permitida uma ampla gama de operadores PostScript, incluindo especificadores de bitmap. O Tipo 3 é, portanto, o formato natural a ser usado para programas como o dvips já que eles próprios geram algo para representar fontes geradas pelo MetaFont em um arquivo PostScript. Foi o tratamento dado pelo Adobe Acrobat Viewer às fontes bitmap Tipo 3 que tornaram a saída direta em MetaFont cada vez menos atraente, nos últimos anos. Se você tiver um documento PDF em que o texto pareça difuso e desigual no Acrobat Reader, peça ao Reader Arquivo→ Document Properties→ Fonts ..., e provavelmente ele mostrará uma ou outra fonte como “Type 3” (geralmente com codificação “Personalizada”). O problema desapareceu com a versão 6 do Acrobat Reader. Veja Qualidade de PDF para uma discussão sobre o assunto e maneiras de abordá-lo.

As fontes Tipo 3 não devem ser completamente descartadas, no entanto. A falha do Acrobat Reader com elas é inteiramente derivada de sua falha em usar as técnicas anti-aliasing comuns nos softwares baseados em TeX. Escolha um conjunto diferente de operadores gráficos PostScript e você poderá criar fontes Tipo 3 agradáveis que não “incomodem” o Reader. Por exemplo, você não pode alterar a cor dentro de um glifo de fonte Tipo 1, mas não há tal restrição em uma fonte Tipo 3, o que abre oportunidades para alguns efeitos surpreendentes.

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