Instalação “Temporária” de arquivos (La)TeX

Os sistemas operacionais e aplicativos precisam saber onde encontrar arquivos: muitos arquivos que eles precisam são “apenas nomeados” — o usuário não necessariamente sabe onde eles estão, mas sabe pedir por eles. O caso mais comum, é claro, é o de comandos cujos nomes você digita em uma shell (sim, mesmo o “prompt do “MSDOS” prompt”) do Windows usa uma shell) para ler o que você digita: muitos dos comandos simplesmente envolvem o carregamento e a execução de um arquivo, e a variável de CAMINHO diz à shell onde encontrar esses arquivos.

Implementações modernas do TeX vêm com um monte de caminhos de pesquisa incorporados a elas. Na maioria das circunstâncias, esses caminhos são adequados, mas às vezes é necessário estendê-los para pegar arquivos em lugares estranhos: por exemplo, talvez possamos querer experimentar um novo conjunto de pacotes antes de instala-los ‘adequadamente’. Para fazer isso, precisamos mudar o caminho correspondente da forma como o TeX o entende. Contudo, não queremos jogar fora o caminho interno do TeX (de repente, o TeX não saberia lidar com todo tipo de coisas).

Para extender um caminho do TeX, definimos uma variável de ambiente do sistema operacional em ‘ormato de caminho’, mas deixando uma lacuna que o TeX preencherá com seu valor interno para o caminho. O caso mais comum é aquele em que queremos colocar nossa extensão na frente do caminho, para que nossas novas coisas sejam preferencialmente escolhidas, por isso deixamos a nossa "lacuna a ser preenchida" no final da variável de ambiente. A sintaxe é simples (embora dependa da shell que você esteja usando): então, em um sistema semelhante ao Unix, usando a bash o trabalho pode ser feito assim:

export TEXINPUTS=/tmp:
ao passo que em um sistema Windows, dentro de uma janela do MSDOS, seria assim:
set TEXINPUTS=C:/temp;
Em ambos os casos, pedimos ao TeX que carregue arquivos do diretório de arquivos temporários do disco raiz; no caso do Unix, o “espaço vazio” é designado colocando o separador de caminho ‘:’ sozinho no final da linha, enquanto no caso do Windows, a técnica é a mesma, mas o separador de caminho é o ‘;’.

Observe que em qualquer tipo de sistema, a alteração afetará somente as instâncias do TeX que sejam iniciadas a partir da shell na qual a variável de ambiente foi definida. Se você executar o TeX a partir de outra janela, ele usará o caminho da entrada original. Para fazer uma mudança de caminho de entrada que se torne “fixo” para todas as janelas, defina a variável de ambiente em seu script de login ou perfil (ou o que seja) em um sistema Unix e faça logout e faça login de novo, ou em autoexec.bat em um sistema Windows e reinicialize o sistema.

Embora tudo acima tenha falado sobre onde o TeX encontra seus arquivos de macro, o mesmo se aplica a praticamente qualquer tipo de arquivo que qualquer programa relacionado ao TeX leia — existem muitos desses caminhos e de suas variáveis de ambiente correspondentes. Em um sistema baseado em web2c, as copiosas anotações no arquivo de configuração do sistema texmf.cnf te ajudam a aprender quais nomes de caminho correspondem a quais tipo de arquivo.


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